A expressão vinhas velhas costuma vir estampada em rótulos de alguns vinhos. Mas o que isso significa, afinal? Exemplares de vinhas velhas são bons ou ruins? Bom, primeiramente é preciso entender a idade que a videira deve ter para ser considerada velha. A verdade é que não existe um consenso. Contudo, a maioria dos produtores estimam que a partir dos 40 anos, a vinha já é considerada velha.
A videira demora anos para dar frutos. Mais tempo ainda para começar a gerar safras de uvas de qualidade para a vinificação. Os vinhedos mais jovens não têm raízes profundas e, por isso, passam por menos camadas de solo. Consequentemente, a planta capta menor diversidade de compostos químicos.
Já as vinhas velhas têm raízes longas que atingem grande profundidade. Elas geram menos cachos, com menor rendimento e uvas mais concentradas em açúcares, aromas e sabores. Logo os vinhos de vinhas antigas são mais potentes e intensos.
As videiras velhas requerem cuidados especiais de cultivo e são muito valorizadas. Isso não quer dizer necessariamente que os vinhos de vinhas velhas são melhores. A qualidade requer muitos outros fatores. É apenas um estilo diferente. São bebidas mais profundas, mais poderosas, mas nem sempre mais apreciadas. Depende muito do gosto do consumidor.
O fato é que vale a pena conhecer rótulos elaborados a partir de vinhedos velhos, para notar as diferenças e descobrir se você gosta de vinhos mais concentrados. Fique de olho nos rótulos e contrarrótulos para ver se traz o termo “vinhas velhas” ou “old vines” ou “viñas viejas” e aproveite ao máximo a experiência.